O Aleph, a obra que marca o regresso às origens de Paulo Coelho, está quase a chegar às livrarias. Enquanto não chega, desvendamos um bocadinho mais sobre o livro e sobre a viagem que o inspirou.
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Com o fim de recuperar o empenho, a paixão e voltar a entusiasmar-se pela vida, o autor resolve começar tudo de novo: viajar, viver novas experiências, relacionar-se com as pessoas e o mundo. Assim, guiado por sinais, visita três continentes – Europa, África e Ásia –, lançando-se numa jornada através do tempo e do espaço, do passado e do presente, em busca de si mesmo.Ao longo da viagem, Paulo vai, pouco a pouco, saindo do seu isolamento, despindo-se do ego e do orgulho e abrindo-se à amizade, ao amor, à fé e ao perdão, sem medo de enfrentar os desafios inerentes à vida.
Da mesma maneira que o pastor Santiago em O Alquimista , o autor descobre que é preciso percorrer grandes distâncias para conseguir compreender aquilo que nos é mais próximo. A peregrinação faz com que se sinta vivo novamente, capaz de ver o mundo com os olhos de uma criança e de encontrar Deus nos pequenos gestos quotidianos.
«Viver é experimentar, e não ficar a pensar no sentido da vida.
É evidente que nem todas as pessoas precisam de atravessar a Ásia ou andar pelo Caminho de Santiago. (…)
Mas eu nasci peregrino. Mesmo quando sinto uma imensa preguiça, ou saudades de casa, depois de dar o primeiro passo, sou arrebatado pelo sentido da viagem. Na Estação de Yaroslavl, caminhando em direcção à plataforma 5, dou-me conta de que jamais poderei chegar aonde quero se ficar sempre no mesmo sítio. Só consigo conversar com a minha alma quando estamos nos desertos, nas cidades, nas montanhas, nas estradas.»
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